In Literatura Poemas

Confusão

Meus olhos pesam
Minha cabeça gira procurando explicações
Outra vez estou dopada...
Viajo nos sonhos do passado
Passando por erros e acertos
Lembrando de coisas boas e ruins
Vivendo um sonho estranho...
Tubos, fios, e outras coisas ligadas ao meu corpo
Tentando me manter viva
Para que quando tudo isso passar
Eu tenha um novo eu, um recomeço
Entram e saem mascarados
Quantos rostos escondidos vi hoje de relance por aqui?
Tubos conectados às minhas veias
Levando medicamentos fortes até meu corpo
E me mantendo na eterna fraqueza e vontade de dormir
Abro os olhos por instantes
Um mascarado logo me mandar voltar a dormir
E assim eu volto para os delírios que aquele lugar me trás
Minha cabeça dói
Meu corpo está cheio de feridas
Devo ter apanhado muito na rua
Ou devo ter feito alguma merda comigo mesma
Malditas vozes!
Tento me levantar mas a dor é maior
Me concentro, conto até três e falo foda-se
Vou me levantar!
Do outro lado do vidro
Posso ver um pequeno grupo de rostos amados por mim
Todos choram ao me ver
Mando um "tchauzinho" com os dedos
E volto a deitar
Quando me dou conta me medicaram outra vez
E começo a me perguntar se tudo foi real
Ou se tudo foi um sonho...
Mas que coisa confusa não saber se esta lutando pela vida
Ou caminhando em direção a morte
Talvez seja um pouco dos dois
Eu vou descobrir isso em um outro dia
Quando nenhum outro mascarado vier me sedar...


C. M. De Lima

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